Introdução
Aplicativos que concentram múltiplas funções em um só lugar não são novidade, mas nos próximos meses eles devem ganhar um novo papel no ecossistema de mídia programática. Com a consolidação dos super apps, a lógica da publicidade mobile muda: o usuário permanece mais tempo dentro de um único ambiente, dando origem a um inventário muito mais rico, segmentado e interativo.
De WeChat e Grab na Ásia ao Rappi e Mercado Pago na América Latina, o movimento já começou. E em 2026, a mídia programática deve estar completamente adaptada a esse novo modelo de navegação integrada.
O que são super apps — e por que são relevantes para mídia?
Super apps são plataformas que agregam diferentes serviços — como pagamentos, delivery, transporte, marketplace, social commerce e streaming — dentro de um único ambiente mobile. Para o consumidor, é conveniência. Para as marcas, é uma mina de dados e pontos de contato.
Com o crescimento dos super apps, o tempo médio dentro de um único app se multiplica. Segundo o Statista, até 2026 o número de usuários globais de super apps ultrapassará 4 bilhões. No Brasil, o Rappi, 99 (food e transporte), Uber, iFood e Mercado Livre já caminham para integrar cada vez mais funcionalidades.
A nova lógica da mídia programática
A mídia programática tradicional costuma fragmentar a jornada: um banner num app de notícias, depois um vídeo num app de streaming, um push em um app de transporte. Com os super apps, essa jornada acontece dentro de uma só interface.
O que isso muda?
- Mais contexto de uso: é possível entender onde o usuário está na jornada (pedindo comida, pagando uma conta, buscando produto) e entregar mídia relevante.
- Dados comportamentais unificados: um mesmo app concentra dados de navegação, interesses, localização, consumo e social — permitindo segmentação mais precisa.
- Formatos novos e interativos: a publicidade pode ser integrada à jornada — como ofertas push no delivery, cupons em tempo real no checkout ou branded content em abas de conteúdo.
- Taxas de engajamento maiores: por serem mais contextuais e menos intrusivos, esses anúncios tendem a gerar mais atenção e interação.
- Medições integradas: o ciclo de awareness até conversão acontece dentro do app, facilitando atribuições mais diretas.
Como a OPL Digital se insere nesse cenário
Com uma DMP proprietária, a OPL já trabalha com dados de comportamento mobile, interesses e deslocamentos. Em um contexto de super apps, isso permite:
- Aproveitar o inventário in-app com maior inteligência, entregando anúncios no momento exato da jornada.
- Combinar geolocalização + intenção de compra (ex: impactar o usuário com áudio ads quando ele estiver próximo a um restaurante após navegar no app de delivery).
- Utilizar formatos nativos e integrados, como rich media no feed do app ou ações interativas personalizadas.
- Mensurar com precisão os resultados com base em comportamento real (visita, clique, compra, etc.).
Exemplos práticos de uso
- Dia do Amigo em um super app de delivery: uma marca de refrigerante ativa um cupom “leve 2, pague 1” para quem estiver fazendo pedidos para mais de uma pessoa.
- Campanha de cinema: impacta usuários que compraram ingressos via app de pagamento, com push sobre combos especiais de pipoca nas redes de cinema.
- Mídia contextual em tempo real: ao detectar que o usuário finalizou uma compra de tênis, recebe um vídeo de um app de corrida com oferta de assinatura.
O futuro é multiplataforma — mas com hubs centrais
Os super apps não vão substituir todos os apps, mas vão se tornar plataformas centrais de atenção. Isso muda onde e como as marcas devem estar. Em vez de pulverizar, será cada vez mais estratégico investir nesses ambientes com mídia integrada, contextual e ativada por dados.
Conclusão
A era dos super apps inaugura uma nova fase da mídia programática: menos dispersa, mais conectada e muito mais estratégica. Para as marcas, isso representa uma oportunidade inédita de estar presente em múltiplos momentos da jornada do consumidor — sem sair do mesmo app.
Em 2026, não bastará estar na tela. Será preciso estar no fluxo, com criatividade, dados e personalização. E é exatamente aí que a OPL Digital pode fazer a diferença.