Wearables e mídia programática — a próxima fronteira da publicidade personalizada

Introdução

A publicidade programática evoluiu de banners estáticos para experiências imersivas em múltiplas telas. Agora, uma nova tela está ganhando protagonismo: o corpo humano.

Com a explosão dos dispositivos vestíveis — como smartwatches, pulseiras fitness, fones inteligentes e até roupas com sensores — estamos entrando em uma nova era da mídia hiperpersonalizada, ativada em tempo real a partir de dados biométricos, hábitos de movimento e contexto físico.

A pergunta que as marcas precisam se fazer é: como se conectar com o consumidor enquanto ele corre, dorme ou treina?


O crescimento silencioso dos wearables

Segundo o relatório da IDC, o mercado global de wearables ultrapassou 500 milhões de dispositivos ativos em 2024 e a previsão é de crescimento de 14,7% ao ano até 2027. No Brasil, dados da GfK mostram que as vendas de smartwatches cresceram 58% em 2023, impulsionadas por marcas como Xiaomi, Apple e Samsung.

Com o avanço de tecnologias como anéis inteligentes, pulseiras com sensores de sono e estresse e óculos com realidade aumentada, o wearable deixa de ser apenas um acessório — e vira uma extensão da mente e do corpo do usuário.


O que muda para a publicidade?

  1. Dados em tempo real, diretamente do corpo
    Wearables capturam batimentos cardíacos, nível de estresse, passos, sono, localização, temperatura corporal. Isso oferece novos gatilhos para campanhas baseadas em estado físico ou mental.
  2. Momentos inexplorados de atenção
    Ao contrário do celular, wearables acompanham o usuário em momentos como:
    • Treinos físicos
    • Caminhadas
    • Viagens de carro
    • Sessões de meditação
    • Refeições rápidas
    A mídia pode aparecer de forma sutil, por vibração, notificações, interação por voz ou integração com assistentes virtuais.
  3. Hipersegmentação e sensibilidade contextual
    Exemplo: um smartwatch detecta que o usuário está acordando mais tarde e com sono irregular. Isso pode ativar uma campanha de suplemento natural para o sono, em um app parceiro de saúde.
  4. Sinergia com mobile e geolocalização
    A OPL Digital, por exemplo, pode combinar dados de comportamento mobile com sinais captados por wearables, potencializando o Store Visit ou o Áudio Ads com muito mais contexto.

Exemplos de campanhas possíveis

  • App de bem-estar: Ao detectar picos de estresse via smartwatch, o app exibe um anúncio de um spa local com geolocalização.
  • Áudio Ads em treino: Durante uma corrida, o fone inteligente ativa um áudio contextual com uma marca de isotônico.
  • Lojas físicas: Combinando geofencing e ritmo de caminhada, a marca impacta o usuário quando ele passa em frente à loja — e está com nível de energia alto.
  • Desempenho fitness: Usuários que completam desafios recebem ofertas exclusivas em roupas esportivas via push.

Como a OPL pode atuar nesse ecossistema

A OPL Digital já trabalha com:

  • DMP e DSP próprias, capazes de captar sinais de comportamento e localização para ativar mídia mobile em tempo real.
  • Tecnologias como Geolocalização inteligente, Áudio Ads, Contextual, App Behavior, entre outras, que podem ser potencializadas por dados de wearables.
  • Formatos nativos, com menor interrupção e mais relevância em momentos de atenção limitada.

O futuro é unir o que o usuário faz, sente e precisa — com a ativação publicitária certa, no momento certo.


Desafios éticos e privacidade

Não dá para falar de wearables e mídia sem abordar a questão da privacidade. Dados biométricos são sensíveis, e a coleta para fins publicitários exige transparência, consentimento e segurança.

Por isso, empresas que trabalham com essa integração precisam seguir à risca leis como a LGPD e oferecer valor real ao consumidor em troca da permissão de uso dos dados.


Conclusão

Os wearables estão transformando o corpo humano no novo touchpoint da mídia. Para marcas que pensam à frente, essa é uma oportunidade inédita de estar presente na jornada do consumidor em nível físico e emocional.

Mais do que banners ou vídeos, será a era da mídia sensível ao corpo, ao contexto e à intenção.

E com a tecnologia certa — como a oferecida pela OPL Digital — é possível explorar esse futuro com inteligência, responsabilidade e impacto.